quinta-feira, 3 de março de 2011


CORAÇÃO CAIPIRA
            Edson C Contar
Nem as luzes,  monumentos,
se comparam aos meus momentos
no distante pantanal...
É no sertão que me apego,
sinto cheiros, ouço a vida,
colho flores pra morena,
abraço a viola querida...
Lá, eu enxergo o horizonte,
sem esquinas, sem concreto,
sem maldades, sem invejas...
Sinto o meu mundo completo.
Na cidade eu me confundo,
parece até outro mundo...
Tanta gente, indiferente,
correndo atrás da ilusão...
Almas que nem imaginam,
 a magia do sertão;
o quanto é bom ser caipira,
mesmo que, um simples peão...
Vim porque a vida exigiu,
ando louco pra voltar,
coração bate saudade,
que as belezas da cidade,
não conseguem segurar...
Quero minha rede macia,
respirar a natureza,
ir pra lida sem temores,
viver toda aquela beleza,
que só existe no sertão,
em toda sua grandeza...
 O tereré, a passarada,
o carinho da amada
que não exige riqueza,
são tesouros que a cidade
desconhece de verdade,
nestes dias de incerteza...
Por isso quero voltar,
atender meu coração,
ouvir minh'alma caipira,
e morrer no meu sertão!

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