quinta-feira, 3 de março de 2011


MULHER PANTANEIRA                             Edson C Contar

É na doçura dos silvestres favos mel,
Que ela encontra o sabor de ternos beijos,
E nos riachos cristalinos banha o corpo,
Que a brisa  seca em  leves sopros de desejos.

No arrebol avermelhado do horizonte,
Tinge sua pele em sedutora cor morena,
Da flora vem o seu perfume envolvente,
Que faz sublime a sua imagem tão serena.
 
Ao entardecer ela se encolhe numa rede,
Para ouvir minha viola em serenata,
E adormece a sonhar com a natureza,
Sob o luar que ilumina toda mata.
 
Neste cenário colorido que passeia,
Sente chegar outro nascer alvissareiro,
Do amanhecer a revelar toda magia,
No encantado e lindo mundo pantaneiro.
 
E quando o sol desponta forte sobre o rio,
É como um "flash" da natureza a espocar,
Fotografando a mais bela pantaneira,
Mulher faceira que transcende o versejar.
 
Ah! pantaneira... Não é à toa  o que contam,
Que não teria sido num lugar qualquer,
Que Deus criou  a amostra do Seu paraiso,
E nele,então, Ele inventou a tal mulher...
 
 

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